Com esta obrigatoriedade, «o comprador passa a saber a classe energética do imóvel que vai adquirir ou alugar e fica a saber se vai gastar muita ou pouca energia», salienta o administrador da Home Energy, Miguel Barreto.
Já o director de marketing e vendas da Checkhouse, Nuno Almeida Fernandes, alerta ainda para o facto dos consumidores conseguirem poupar no seu orçamento familiar. «Esta redução de consumo não é obtida através do sacrifício dos níveis de conforto térmico, mas sim da implementação de melhores e mais eficientes técnicas construtivas, equipamentos mais eficientes energeticamente, aproveitamento de energias renováveis e sobretudo de pequenos hábitos quotidianos».
Alterações no IMI
Mas as vantagens não ficam por aqui. Além desta poupança, a certificação energética permite ainda ter benefícios fiscais em sede de IRS, representando 10% de bonificação para casas com classe A ou A +. Ao mesmo tempo, sempre que o proprietário do edifício opte pelas energias renováveis, 30% desse valor é dedutível à colecta no IRS.
Para incentivar ainda mais a utilização deste diploma, o responsável pela Home Energy propõe que o Governo opte por recorrer à discriminação do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) em função da classe energética.
Este passo seria, no entender do responsável, «importante não só para a certificação energética, mas também para a redução do consumo de energia e emissões de gases de efeito estufa em Portugal».
Pesa cada vez mais na decisão de compra
A verdade é que as empresas contactadas pela AF reconhecem que tem existido uma grande adesão, por parte dos consumidores. «A classificação energética começa a entrar no processo de decisão dos compradores, existindo já muitos vendedores preocupados em melhorar a classe energética dos seus imóveis».
Aliás, no entender de Miguel Barreto, é preciso tornar a classificação energética numa variável de decisão no momento de compra de um imóvel. «Isso passa por uma maior consciencialização das vantagens do certificado e das medidas de melhoria».
Um dos principais obstáculos nesta área a falta de peritos qualificados foi, para já, ultrapassada, refere o responsável pela Checkhouse.
«O número de peritos qualificados pode ter sido em alguns dos pontos do país um factor limitativo da rapidez dos processos, no entanto, com o aumento do número dos mesmos, quer com o esforço de uma maior abrangência territorial das empresas a actuar no mercado, também esta dificuldade está a ser ultrapassada»
Portugal Diário
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